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Os principais equívocos a respeito do Islã
EQUÍVOCO nº 1
A noção
Os muçulmanos reverenciam algum deus estranho.
A premissa muçulmana
Os muçulmanos reverenciam o Deus que o profeta Abraão e o profeta Moisés reverenciavam. Não existe diferença. Assim como “Dieu” é a palavra francesa para Deus, “Allah”, o termo preferível pelos muçulmanos para Deus, nada mais é do que a palavra “Deus” em árabe. (A tradução literal seria “O Deus”, refletindo a veemente ênfase no monoteísmo). Os muçulmanos preferem usar o termo Allah por uma série de razões. Por exemplo, a palavra Deus pode ser a raiz de deus, deus(es), deus(a), (en)deus(ar). Mas a palavra Allah não tem formas derivadas. Observação: Em aramaico, o idioma falado por Jesus, a palavra para Deus é “Aalah”, cuja pronúncia é muito semelhante à de “Allah” em árabe.” 1 O aramaico é uma língua-irmã do árabe.
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Os muçulmanos acreditam que só existe um Deus. O Criador do universo. O Ser Supremo. O único ser Absoluto. O Misericordioso, o Benevolente. O Onisciente. O Justo. Aquele que ama incondicionalmente. O Incomparável. A Fonte da Bondade. A Fonte de todo o Poder. O Eterno. Em resumo, Deus é Deus.
EQUÍVOCO nº 2
A noção
O profeta Muhammad representa para o islamismo o mesmo que Jesus Cristo representa para o cristianismo – desta forma, por vezes o termo (incorreto) “maometano” era utilizado para se referir aos seguidores do islamismo.
A premissa muçulmana
Não há adoração a Muhammad por parte dos muçulmanos. Eles acreditam que Muhammad era tão somente um servidor de Deus, um grande profeta e o mensageiro final de Deus para os homens. Os muçulmanos creem que indivíduos como Abraão, Noé, Moisés, Salomão, Davi, Jacó, José, Jesus e Muhammad foram todos profetas de Deus. O islamismo é estritamente monoteísta e reverencia a Deus somente. Islã significa submeter-se à vontade de Deus. O muçulmano é uma pessoa que se submete à vontade de Deus. Uma das raízes árabes da palavra Islã é salam (paz) e os muçulmanos encontram a paz ao seguir e reverenciar a Deus.
EQUÍVOCO nº 3
A noção
O islamismo de alguma forma parece promover o “terrorismo”.
A premissa muçulmana
Os muçulmanos argumentariam que esta é fundamentalmente uma inverdade. Os muçulmanos diriam que o Islã está arraigado na justiça e na compaixão e que categoricamente NÃO defende a tortura deliberada e/ou a opressão e/ou o cativeiro e/ou a matança de pessoas inocentes. Na verdade, não importa se essas ações são cometidas por governos, nações, grupos e/ou indivíduos, elas seriam simplesmente consideradas erradas - quem quer que as tenha realizado. Os muçulmanos também argumentam que os terroristas, por definição, tratam a vida como algo sem valor, mas que no islamismo, a vida é uma dádiva sagrada. Os muçulmanos afirmariam que a vida é tão preciosa no Islã que o Alcorão registra: “aquele que salvou uma vida é como se tivesse salvado a vida de toda a humanidade.”
EQUÍVOCO nº 4
A noção
Confusão entre o islamismo e uma cultura particular ou as ações de indivíduos específicos.
A premissa muçulmana
Este é discutivelmente o equívoco mais frequente e certamente muito comum. Como as pessoas de outras religiões, os muçulmanos pertencem a diversos grupos, alguns mais devotos, outros mais casuais, e outros ainda cujas ações não refletem os princípios islâmicos. Os muçulmanos lembrariam às pessoas que, somente porque conheceram alguém que se diz muçulmano e que se comporta de determinada maneiras, isto não quer dizer que suas ações refletem o islamismo. Uma das maneiras de se compreender isto é considerar os diversos casos de padres cristãos que molestaram crianças sexualmente. Esses atos refletem o cristianismo? E o que dizer sobre os supremacistas brancos que distorcem o cristianismo para promoverem sua causa e aterrorizam pessoas? Isto quer dizer que seus atos são cristãos? A maioria das pessoas diria, com toda razão: “É claro que não!” Os muçulmanos simplesmente pediriam que fossem julgados por normas semelhantes. “Ações que ferem os princípios islâmicos cometidas por muçulmanos não definem o islamismo” seria a resposta deles. Em outras palavras, “Muçulmano” nem sempre quer dizer “Islâmico”. Na verdade, como o islamismo não se baseia em meras opiniões, é muito fácil identificar as premissas islâmicas em diversos temas. O Islã se baseia primariamente no Alcorão (a palavra de Deus, conforme revelada ao Profeta Muhammad, por intermédio do Arcanjo Gabriel) e na Sunnah (o exemplo do Profeta, sua fala autêntica registrada (hadith) e sua vida (sirah)). Os ulemá (sábios islâmicos) estudam essas fontes e utilizam uma metodologia específica para detalhar as premissas islâmicas em diversas questões.
Os muçulmanos foram admoestados no Alcorão 60:5 “Nosso Senhor, não faça de nós [muçulmanos] um provação [teste] para não muçulmanos”, indicando que as ações que ferem os princípios do islamismo de alguns muçulmanos podem, às vezes, confundir outras pessoas que não têm o conhecimento do Islã. Trata-se de uma fonte genuína de receio para os muçulmanos praticantes. Os muçulmanos sugeririam que, se você quiser aprender sobre o Islã, deve ler o Alcorão e a Sunnah (o exemplo do profeta) e observar os muçulmanos praticantes e devotos.
Nota do redator: Pode ser mesmo uma boa ideia manter o último equívoco citado em mente, ao ler este livro. Por exemplo, o capítulo “Islamismo e Racismo” não sugere que não se encontre qualquer sintoma de racismo em um grupo de mais de um bilhão de muçulmanos. Deve-se notar, isto sim, que os muçulmanos que se empenham em atos que ferem os princípios do Islã não demonstram um comportamento islâmico. Lembre-se de que este livro se chama “É Fácil Entender o Islamismo” e não “É Fácil Entender os Muçulmanos”.
(Este é um trecho do livro "É fácil compreender o Islã")
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Por que existem o mal e o sofrimento?
O Alcorão, a Ciência Moderna e Mais
Por que crer em Deus – A voz de um muçulmano
Islamismo e racismo
Islamismo: Uma solução para os problemas sociais da América?
Algumas virtudes dos muçulmanos (Alcorão)
Algumas virtudes muçulmanas (Palavras do Profeta)
Seção III: Islamismo e cristianismo
Fundamentos em comum: judaísmo, cristianismo e islamismo
Expiação vicária pelo “Sangue do cordeiro”
O islamismo e o meio ambiente