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O Alcorão, a Ciência Moderna e Mais

Por F. Kamal

Hoje em dia, qualquer pessoa pode ser um cidadão com alto nível de educação, em uma sociedade rica e moderna, e com a internet nas pontas dos dedos. Entretanto, para começar a compreender o extraordinário conteúdo do Alcorão, é preciso se transportar para uma época há centenas de anos (p. ex., 632 AD), e se ver no tempo em que as “ciências” mal existiam. Além disso, a terra natal do profeta ficava em um ponto bastante obscuro do mundo da época.

Para aqueles de vocês que tiveram a sorte de viajar pelo mundo–talvez tenham até viajado para um dos lugares, que desaparecem rapidamente do nosso globo, que nunca foram tocados pelo mundo moderno – é possível começar a ter uma ideia de como era o mundo na antiguidade. Alternativamente, você pode ter estudado a história do mundo em tempos remotos. Isto também ajudaria a avaliar como aqueles tempos eram diferentes e como era o mundo então. Adaptar sua mentalidade a um lugar diferente em tempos diferentes pode ajudá-lo a avaliar como seria extraordinário encontrar uma parte do material que deu origem ao Alcorão nesse lugar e nessa época. Particularmente, porque esse material parece ter emanado de um homem iletrado. Muitas informações científicas, que não valorizamos como deveríamos nos dias de hoje, simplesmente não existiam (ou eram equivocadas) na antiguidade e em nas localidades da época. Portanto, reajuste sua mente (a um lugar e a uma época diferentes), para que você possa avaliar mais detalhadamente os seguintes aspectos…

EMBRIOLOGIA

Contexto:

Embora hoje as pessoas tenham uma compreensão muito melhor da reprodução, nem sempre foi assim. Por exemplo, você sabia que a teoria da “geração espontânea” predominou as crenças por muito tempo? A ideia era de que coisas como larvas apareciam “espontaneamente” na carne. Obviamente, um equívoco. E Pasteur demonstrou de forma conclusiva que a teoria era falsa, executando experimentos controlados no século XIX (AD).

E quanto à teoria do “preformacionismo?”1 A ideia geral era que, por exemplo, um ser humano seria completamente pré-formado com um “homúnculo”, ou seja, uma miniatura de um ser humano. Então, esse ser humano em miniatura simplesmente crescia com o passar do tempo e se tornava um adulto. A ideia ganhou bastante força nos séculos XVI e XVII (AD), com nomes como Nicolaas Hartsoeker em 1694 AD (antes de ser oportunamente substituída pela ideia da epigênese2, devido à descoberta de Ritter von Baer de do óvulo dos mamíferos (ovum) em 1827 AD, assim como os experimentos de Hans Driesch no final do século XIX AD.

1 Essa ideia data dos remotos tempos da Grécia Antiga (talvez Hipócrates).

2 Outra ideia que remonta aos Gregos.

É claro que boa parte dessas noções soam como absurdos, mas o importante é que as coisas que são óbvias para nós não foram sempre tão óbvias. Seria útil compreender esses fatos para entender melhor este capítulo.

Isto basta, em termos de embriologia. Eis aqui alguns versículos do Alcorão que tratam da embriologia humana, e seus comentários.

Sulalah

Ótica Nº 1:

Alcorão:

“Então Ele criou a descendência [do homem] fora da quintessência do fluido desprezível”. (Ver Sulalah abaixo).

Alcorão, 32:8

Comentário:

Interessante que a palavra árabe “sulalah” utilizada no versículo tem diversos significados:

Se examinarmos o esperma cuidadosamente, eles de fato têm uma incrível semelhança com coisas minúsculas, alongadas, sinuosas e que fluem! Além disso, o esperma é apenas uma parte (a parte essencial) do fluido masculino (isto é, o sêmen).

O sêmen tem diversos componentes (cada qual com sua função específica). Por exemplo, os espermatozoides (o esperma), a frutose (energia para o esperma), as prostaglandinas (para impedir a reação imunológica da fêmea contra o esperma estranho), o muco (para aumentar a mobilidade do esperma), e assim em diante.

De fato, uma escolha terminológica fantástica!

Nutfa amshaj

Ótica Nº 2:

Versículo do Alcorão:

“Criamos o homem de uma gota de sêmen misturada” (ver nutfa amshaj abaixo). Alcorão 76:2

Comentário: “A palavra árabe nutfa (gota de fluido) e a palavra árabe “amshaj” referem-se a uma “mistura”.3 Implica então que uma entidade resulta tanto do macho quanto da fêmea. Trata-se de um conceito muito avançado para a época, uma vez que, por exemplo, o óvulo dos mamíferos só foi descoberto em 1827.

3 O sêmen é o fluido masculino e contém o esperma; o fluido folicular da fêmea contém o óvulo (ovum). Consequentemente, a gota misturada (observação: gota refere-se a algo muito pequeno–basta uma gotícula para se criar um ser humano.)

Alaqa

Ótica Nº 3:

Versículo do Alcorão:

“Então transformamos a gota (nutfa) em uma coisa aderente”, Alcorão 23:14 (Consulte nutfa e alaqa abaixo)

“Ele não era uma gota de esperma expelida e em seguida algo aderente…” Alcorão 75:37=38

Comentário: A palavra árabe importante aqui é alaqa, que tem múltiplos significados.

Alaqa pode significar

O interessante é que o óvulo fertilizado (o zigoto) se divide, se desloca pelas trompas de falópio e gruda na parede do útero, ou seja, adere a ela. Além disso, guarda uma incrível semelhança com uma sanguessuga! E também se parece com sague coagulado. Tudo isto é realmente fascinante.

Quando a entidade é anexada (ou seja, a implantação do blastocisto) à parede do útero, ela é capaz de “gerar raízes” (ou seja, vilos coriônicos), para obter nutrientes da mãe.4 Há similaridades com a metáfora da planta crescendo no solo. Neste sentido, o Alcorão 2:223, utilizando a analogia dos campos férteis, também parece adequado e perspicaz.

4 Interessante que a sanguessuga se nutre do sangue de seu hospedeiro.

Mudgha

Ótica Nº 4:

Versículo do Alcorão:

“Do esperma e depois de um coágulo semelhante a uma sanguessuga, e em seguida de uma protuberância mastigada, parcialmente formada e parcialmente incompleta” (Alcorão 22: 5). (Ver mudgha abaixo)

“Então, a partir de um objeto aderente (uma alaqa como uma sanguessuga), formamos a protuberância mastigada (a Mudgha)” Alcorão 23:4

Comentário: A importante palavra árabe é Mudgha, que pode ser traduzida como uma “protuberância mastigada”. Trata-se de uma descrição bastante razoável, de fato! Por exemplo, os “somitos” (que eventualmente se tornam formas semelhantes a um ser vertebrado) se parecem mesmo com marcas de dentes após uma mordida em, digamos, uma goma de mascar. Interessante a sucessão das etapas embriológicas, igualmente correta. A “Mudgha” de fato é a etapa seguinte à “alaqa”. Além disto, os termos “formado e incompleto” também capturam a essência do que existe nesse ponto.

Observação Importante: Agora, há um fator de importância crítica que ainda não foi mencionado. Muitas dessas formações são muito pequenas. Note-se que os microscópios foram inventados somente nos anos 1600 (por Leeuwenhoek) e a qualidade dos primeiros modelos era realmente pobre. Desta forma, estruturas como espermatozoides foram identificadas somente por volta de 1677 (AD) e o esperma humano, pouco depois (em 1701). Esqueça qualquer sugestão em relação às aparências dessas estruturas; sua existência somente foi constatada com certeza por volta do século XVII (AD).

Izam” (osso) e “lahm” (músculo ou carne)

Óticas Nº 5 e 6:

Versículo do Alcorão:

“Da protuberância mastigada (mudgha), modelamos os ossos e revestimos com carne”, Alcorão 23:14

Comentário: Agora sabemos, graças à ciência, que as próximas etapas são de fato o desenvolvimento dos ossos e dos músculos (a carne)! Não apenas as perspectivas do Alcorão são notáveis, mas talvez até mesmo a ordem das palavras. Apenas muito recentemente, aprendemos (a nível microscópico) que a cartilagem se calcifica formando ossos, e em seguida as células musculares se reúnem e contornam esses ossos. Essa ordem é exatamente o que os versículos do Alcorão podem indicar. Incrível.

Audição e Visão

Ótica Nº 8:

Versículo do Alcorão:

“Na verdade, fomos Nós que criamos o homem de uma gota de esperma misturada, de forma que podemos colocá-lo à prova [em sua vida mais avançada]: e portanto, nós o dotamos de audição e visão”.

Alcorão 76:2

Comentário: Agora, vê-se o desenvolvimento de audição e da visão. Novamente, o Alcorão é o precursor na identificação desses importantes marcos neste estágio. O mais surpreendente é que a ordem dos termos no Alcorão pode ser significativa. A ciência nos diz que o desenvolvimento da audição ocorre cerca de três a quatro semanas antes do desenvolvimento da visão!

Oportunamente, as próximas etapas acabam por gear um ser capaz de sobreviver fora do ventre da mãe, ou seja, nossos bebês!

Ótica Nº 9, Bônus:

“Ele nos faz no ventre de nossas mães em etapas seguidas, em três véus de escuridão”. Alcorão 39:6

Comentário: Existem de fato três “véus”. A ciência moderna descobriu as seguintes camadas:

Resumo:

Todos esses versículos são muito surpreendentes (eu diria até impressionantes), considerando-se algo revelado há mais de 1.400 anos!

Observação: Diversas semelhanças surpreendentes entre o Alcorão e a embriologia moderna foram realmente observadas e confirmadas por cientistas ocidentais de renome, especialistas em áreas como a embriologia, antes de serem notados por muitos muçulmanos–o que já é bastante interessante. E muitos desses conhecimentos foram revelados apenas recentemente.

ASTRONOMIA

Contexto: Como será que uma pessoa daquela época e daquela região enxergava o céu? Além da percepção do quanto o céu é magnífico, provavelmente não muito mais do que isto (talvez algum conhecimento da Estrela Polar5 se a pessoa fosse um guia.)

5 As constelações mudam de posição conforme a data e a hora, periodicamente, no decorrer do dia e do ano.

Vamos considerar alguns versículos (sobre astronomia):

E fizemos o céu, edificamo-lo com vigor e estamos expandindo-o. (Alcorão 51:47)

Esta parece ser uma afirmação bastante incomum. Expandindo… não se trata de uma palavra qualquer.

O que diz a ciência moderna?

Curiosamente, os cientistas, até pouco tempo atrás, acreditavam que o universo poderia ser estático (ou seja, não se expandia). Isto até que um dos cientistas mais brilhantes do mundo, Albert Einstein, a certa altura resolveu modificar suas equações para tratar da suposta posição estática do universo.6 E foi um grande choque para o mundo da ciência quando o telescópio Hubble constatou que as galáxias estão, na verdade, se afastando rapidamente de nós, o que sugere que o universo está de fato se expandindo.

6 George Gamow, ao que tudo indica, sugeriu que Einstein passou a acreditar que este poderia ter sido o pior erro de sua carreira (apesar de que isto provavelmente é uma falácia baseada em boatos e não um fato comprovado.). Também é possível que a energia escura requeira algum tipo de força de expansão, mas isto não altera a natureza do raciocínio inicial de Einstein, que modificaram suas equações.

Ele chegou a esta conclusão utilizando o chamado Efeito Doppler. E o que é exatamente o Efeito Doppler? Considere-se de pé em uma estação de trem. À medida que o trem se aproxima de uma pessoa, as ondas sonoras são distorcidas, aumentando o tom, e à medida que o trem se afaste, as ondas sonoras se prolongam, reduzindo o tom. Essas ondas sonoras em plena mudança (de tom) resultam do movimento do trem em relação à pessoa e é a essência do Efeito Doppler. Utilizando o Efeito Doppler e observando a luz que emana das galáxias mais próximas, o Hubble foi capaz de constatar que as galáxias estão rapidamente se afastando de nós.7

7 Observando as linhas de emissão que foram desviadas para o vermelho.

Comentário: À luz dessa descoberta relativamente recente, o uso da palavra “expandindo” parece ser uma afirmação precisa pré-científica.

Vamos examinar outro versículo:

E os que renegam a fé (sua consciência da verdade) não percebem que o céu e a terra já foram um só corpo um dia, e que depois Nós os separamos? (Alcorão 21:30)

O que diz a ciência moderna?

A ciência moderna acredita que tudo já esteve fundido em um único corpo, extraordinariamente denso e aquecido, chamado de singularidade. Esse corpo foi então rompido. Essa teoria é conhecida como o “Big Bang”.

Para fins de esclarecimento, a teoria é de que toda a matéria, a energia e o espaço já estiveram fundidos em um único corpo, ou a singularidade. Somente quando se expandiu, o espaço em si se expandiu também. O universo não está se expandindo pelo “espaço aberto”, pois não existe, essencialmente, espaço além do universo. O que ocorre é que o espaço está se expandindo e expandindo a matéria em um processo que gera imensas “lacunas” entre os corpos. Pense em um mapa. Ao ampliarmos o mapa, dois pontos próximos aparentemente se afastam um do outro.8

8 A explicação mais comum sugere a observação de pontos pintados em um balão enquanto é inflado.

Há fortes motivos para os cientistas apoiarem essa teoria.

Alguns deles são:

Comentários: Parece haver uma semelhança incrível entre os versículos do Alcorão e a ciência moderna.

A Terra

Contexto: Como uma pessoa daquela época e daquela região enxergava a Terra? É óbvio que as pessoas “escutavam seus olhos” e que seus olhos diziam que o mundo era plano, em geral. Isto porque somos muito pequenos em relação ao mundo, então a “planeza da Terra” é uma boa aproximação da nossa escala. Entretanto…

Versículo do Alcorão:

Ele [Deus] Ele enrola a noite no dia e enrola o dia na noite. Alcorão 39:5.

A palavra-chave em árabe aqui é kawwir. Kawwir pode implicar o envolvimento ou embrulho de algo esférico, por exemplo, o enovelamento de um fio sobre uma bola. A palavra kawwir em árabe (e. g. espiral/embrulho) pode significar “enrolar ou espiralar alguma coisa, para formar um objeto redondo ou uma bola, tornar-se esférico ou circular formar uma bola”14. Isto sugere que a Terra é esférica, uma vez que o dia e a noite podem ser vistos como algo que se “enrola” em volta da Terra à medida que ela gira em torno de seu eixo.

14 Nota de rodapé de Yahya Emerick sobre a tradução do Alcorão.

Ficou surpreso?

Ciência moderna: É claro que já se estabeleceu há muito que o mundo é redondo (na verdade, ligeiramente achatado nos polos). Há uma foto maravilhosa da aurora da Terra, por exemplo – que é essencialmente a imagem da Terra vista do espaço, demonstrando sua curvatura. Está é com certeza uma vantagem da perspectiva: vista em uma escala diferente, a curvatura da Terra é evidente.

Comentário: Agora, para termos certeza, havia pessoas como Eratóstenes de Cirene, que sentiam que o mundo era redondo15 e que viveram na Grécia antiga. Mas é altamente improvável que o profeta iletrado tivesse ciência disto ou que incluísse isto em seu trabalho.16 17Há uma grande diferença entre o possível e o improvável (neste caso extremamente improvável) e é importante observar a probabilidade dos eventos. Levando esses fatores em conta, trata-se de uma escolha interessante de uma palavra para um versículo.

15 Na verdade, o filósofo conduziu um experimento maravilhoso utilizando a geometria e um pouco de engenhosidade, para calcular a circunferência do planeta, e chegou a um valor que pode ser considerado uma boa estimativa.

16 Os árabes aprenderam muito sobre os gregos, mas somente bem mais tarde em sua história.

17 Muito tempo depois da morte do Profeta Muhammad, os muçulmanos deram sua contribuição para a medição da circunferência da Terra, à época do Califa al-Ma’mun (830 DC) e particularmente à época de Abu Rayhan al-Biruni (973-1048 DC).

A Lua e O Sol

Contexto: Uma pessoa daquela época e daquela região provavelmente encararia as luzes do céu como uma luz que emanava dos pontos que viam.

Versículo do Alcorão:

Bendito aquele que fez as constelações no céu e nele fez uma luz e uma lua iluminada! Alcorão 25:61 (ver siraj e muneer)

Foi Ele quem fez o sol e [uma fonte] de luz radiante e a lua que reluz [reflete]

Alcorão 10:5 (ver diya e nur)

E que neles colocou a lua com luz [refletida], e o sol como fonte [radiante] de luz? Alcorão 71:16 (ver diya e nur)

Ciência Moderna

Contudo, sabemos que a luz não se origina necessariamente dos pontos de luz no céu (algumas vezes, sim, mas outras vezes apenas refletem a luz que recebem). Por exemplo, agora sabemos que planetas e satélites não geram luz própria como o sol, devido à sua baixa massa inicial.

Em especial, é preciso ter massa gravitacional suficiente18 para se gerar uma fusão nuclear que produza luz, como o sol. Nosso sol é energizado principalmente pela fusão de 19hidrogênio. A lua não possuía massa suficiente para se tornar uma estrela (assim como o sol), então sua luz não emana de si própria, e sim de um reflexo da luz do sol.

18 Semelhante a alguns túneis quânticos

19 A reação em cadeia próton-próton. A espectroscopia também ajuda a determinar a composição química de corpos celestes distantes.

Comentário:

Existe uma a distinção entre a luz solar e a luz da lua. A palavra árabe “siraj” é semelhante a “maçarico” e é utilizada para descrever o sol. As palavras árabes “muneer” e “nur” são utilizadas para descrever a lua, referindo-se a luz refletida ou ‘emprestada’. Também a palavra “diya” é utilizada para citar uma fonte de luz–uma luz que subsiste por conta própria. Considerando-se que “nur” seja uma luz que subsiste por intermédio de outro corpo, ou seja, é um reflexo.20 Há uma clara distinção na forma como a luz do sol e a luz da lua são descritas. E ambas são descritas com considerável precisão. É fascinante!

20 Ver Muhammad Asad, nota de rodapé da tradução.

Fumaça

Ele também aplicou sua criação ao céu, cheio de (preenchido com um tipo de) fumaça. Ele disse ao céu e à Terra: “Vinde ambos, de bom ou de mau grado”. E responderam, “Vamos pacificamente”. Alcorão 41:11 (Árabe: Dhukhan)

Ciência Moderna:

É interessante que a poeira cósmica é, na verdade, melhor descrita como fumaça do que como poeira. A poeira cósmica é a matéria-prima para a criação de estrelas, galáxias e planetas. Com o passar do tempo, por exemplo, decorridos vários milhares de anos, ligeiras irregularidades de distribuição e densidade resultaram na formação de bolsões em bloco, aglutinados pela gravidade. Com o passar do tempo, esses blocos podem se ampliar e formar corpos diferentes.

Psicologia?

Interessante argumento encontrado em algumas fontes. Muito sutil e fácil de passar despercebido, porém memorável retrospectivamente.

Contexto:

Abu Lahab foi um dos tios do profeta. Ele também foi um dos maiores execradores do islamismo e do Profeta Muhammad. A natureza de seus ataques contra seu sobrinho fez com que se destacasse. Por exemplo,

Alcorão:

Embora o islamismo tenha tido diversos execradores, Abu Lahab foi citado diretamente pelo nome no Alcorão.

Aqui estão os versículos.

A energia de Abu Lahab perecerá e ele também.

De que valerá sua riqueza e tudo o que ele conquistou?

Ele será atirado no fogo ardente,

Junto com sua esposa,

Portadora de falácias perversas,

Com uma corda de fibras reforçadas em torno do seu pescoço.

Alcorão 111:1-52122

21 Ibn Ishaq registra que, ao ouvir esses versículos, a esposa de Abu Lahab procurou o profeta, levando nas mãos um pilão de pedra. Em uma reunião do amigo do profeta Abu Bakr, ela estava tão furiosa que ameaçou esmagar a boca do profeta pela “poesia” que recitava.

22 Muhammad Asad cita em sua tradução que este é um capítulo muito antigo de Meca, revelado depois que o profeta discursou às pessoas do monte As-Safa.

Comentário:

Uma observação muito interessante foi feita em relação a esses versículos do Alcorão. Uma questão óbvia é que a profecia do desprezo de Abu Lahab em breve se concretizou. O poder de Meca sofreu um revertério muito inesperado na batalha de Badr, com uma derrota surpreendente (quase inacreditável) do Quraysh de Meca contra o bando esfarrapado de seguidores do profeta. Isto aconteceu enquanto Abu Lahab ainda estava vivo, e ele morreu em Meca pouco depois desses eventos.

Muito mais interessante, entretanto, foi outro ponto bastante sutil. Na ocasião, um dos maiores opositores to Islã teve uma oportunidade de ouro de promover um golpe pesado contra aquele que ele mais odiava e de quem desejava se vingar: seu sobrinho (o profeta) e a religião islâmica. E essa dádiva veio do próprio profeta, nos seguintes versículos. Esse versículo sugeria que Abu Lahab fosse atirado nas chamas do inferno.

Portanto, tudo o que Abu Lahab precisaria fazer para esmagar aquele que ele mais odiava era se converter ao islamismo e tornar-se um bom muçulmano. Isto teria causado uma crise. Porém, ele nunca o fez.

Entretanto, vamos alternar as perspectivas, de Abu Lahab para algo muito mais interessante. Como os versículos citados acima, poderiam saber com absoluta, certeza que eram verdadeiros? É extraordinário, se você refletir profundamente.

Histórico

Contexto: Previsão de eventos históricos. A batalha das superpotências do mundo (daquela época): Pérsia e Roma.

Versículo do Alcorão:

Os romanos foram derrotados no ponto mais baixo, mas serão vitoriosos [contra seus inimigos persas], apesar desta derrota, em alguns anos.

Alcorão 30:2-4

Comentário:

O versículo prevê que os romanos derrotados passariam por uma reviravolta do destino e sobrepujariam os vitoriosos persas.

Essa previsão se concretizou? Sim. Mas não se trata somente de uma antiga previsão. Foi uma previsão altamente improvável.

O que torna essa previsão mais significativa é que os persas tinham os romanos “acorrentados”. Dada a situação deplorável dos romanos, parecia até ridículo prever uma vitória romana sobre os persas.23

23 Quando esses versículos foram divulgados, o Quraysh (que tinha forte afinidade com os persas pagãos) viu neles uma oportunidade de menosprezar os muçulmanos (mais próximo do monoteísmo romano). O Quraysh ridicularizou a ideia.

Contudo, não apenas esta ideia estava no Alcorão, mas uma segunda previsão, ainda mais inacreditável, também foi feita. O revertério estava aparentemente previsto em prazo determinado–alguns anos–tornando ainda mais dramática a situação. A palavra árabe utilizada era bid’, que tipicamente significa “alguns”. E também poderia significar um número entre três e nove.

Essa interpretação estava correta? Se estava, quando é que se concretizou? Não está claro qual seria a derrota persa à qual o Alcorão se referia, mas a previsão se concretizou. A previsão parece ter se concretizado, talvez sete anos após a revelação do versículo24.

24 Qualquer que tenha sido a data exata.

Ao que tudo indica (antes de proibição dos jogos de azar), o amigo do profeta Abu Bakr havia apostado com Ubayy ibn Khalaf (um líder do Quraysh) que os eventos do Alcorão se concretizariam. Ubayy, entretanto, havia estipulado que uma média de três a nove anos (ou seja, seis anos) seria o prazo da aposta. Decorridos seis anos, Abu Bakr perdeu a aposta. Entretanto, no ano seguinte (o sétimo ano), a previsão se concretizou. Os muçulmanos então orientaram Abu Bakr que o prazo da aposta deveria ter sido de três a nove anos, e não exatos seis anos.2526

25 Tafsir Ibn Kathir.

26 Uma versão alternativa sugere que a aposta foi prorrogada pelo período integral de nove anos e os camelos que Abu Bakr ganhou foram doados para caridade.

Histórico II: Dos Reis e Faraós Egípcios

Versículo do Alcorão:

Em relação à história de José:

O rei (do Egito convocou seus nobres e) disse: “Eu vi (em um sonho) sete vacas gordas sendo devoradas por sete vacas magras, e sete espigas verdes de grãos e outras sete murchas. Meus nobres! Digam-me o que essa visão significa se puderem explicar seu significado”. Alcorão 12:43

Em relação à história de Moisés:

E em seguida Enviamos Moisés e Aarão com Nossos sinais ao Faraó e a seus nobres, mas (os egípcios) agiram com arrogância e perversão. Alcorão 10:75

Comentário:

Há uma diferença marcante na seleção de palavras entre as duas histórias. O termo “Rei” é utilizado em referência ao governante egípcio na história de José e o termo “Faraó” é utilizado para o governante egípcio na história de Moisés.

Como se explica tal discrepância? Os historiadores observam que o termo “Faraó” só passou a ser utilizado no “novo império” em torno de 1550 AC.

E quando viveram José e Moisés?

Uma rápida análise27 posiciona José antes do “novo império”,28 em torno de 1914 AC. Portanto, o termo correto nessa época seria mesmo “rei”. Moisés se posiciona em torno de 1446 AC, portanto, o termo correto para sua época seria mesmo “faraó”.

27 Uma maneira possível de se chegar a essa conclusão é por meio de uma combinação das fontes bíblicas seculares. Os historiadores posicionam o templo de Salomão em 966 AC. Utilizando a Bíblia, subtraímos 480 anos para chegarmos ao Êxodo (I Reis 6:1), ou seja, 1446 AC. Isto nos dá uma estimativa da época de Moisés. Portanto, o termo correto durante esse período seria mesmo “faraó”.

Subtraindo-se 430 anos para a época dos israelitas no Egito (Êxodo 12:40), chegamos a 1876 AC, e posicionamos José (Gênesis) aproximadamente em 1914 AC. Então, o termo correto nessa época seria mesmo “rei”. (Ocorre que o livro Gênesis aparentemente comete um equívoco, utilizando o termo “faraó” na época de José.)

28 Há também a teoria dos Hyksos, que também posiciona José antes do novo império.

Conclusão:

Coincidência? Ou seria uma atenção memorável e impressionante aos detalhes na escolha das palavras?

Geologia:

Versículo do Alcorão:

Os romanos foram derrotados no ponto mais baixo, mas serão vitoriosos [contra seus inimigos persas], apesar desta derrota, em alguns anos. Alcorão 30:2-4

Comentário:

Devido à incrível riqueza do idioma árabe, há diversas possíveis traduções do versículo 30:3 do Alcorão. O versículo foi traduzido como as terras “mais próximas” ou “mais baixas”. Esse “ponto mais baixo” faria sentido?

Ocorre que as terras secas mais baixas do mundo (o que só foi descoberto recentemente) ficam de fato em torno do Mar Morto! E você pode imaginar quem lutou e foi derrotado nessa região? Os romanos e os persas! E os romanos foram derrotados pelos persas nessa região. Os romanos foram derrotados no ponto mais baixo. Esse fato não era conhecido na época do Profeta Muhammad.

Nesse caso, a seleção de palavras para o versículo foi extraordinariamente adiantada!

Curiosidades interessantes:

Biologia

Abelhas:

Versículo do Alcorão:

E teu Senhor ensinou as abelhas a construírem células em colinas e árvores e nas moradias (do homem), e a comerem de todos os produtos (da terra), e a encontrarem, com habilidade, os amplos caminhos de seu Senhor, e a gerarem em seus corpos o néctar de diversas cores em que se encontra a cura para os homens: em verdade, é um sinal para os que se dedicam ao pensamento. Alcorão 16:68-69 (ver os termos em árabe kuli e fa’asleky)

Comentário (primeira parte):

“Seu Senhor ensinou as abelhas a construírem células” é muito interessante. A construção das abelhas demonstra qualquer propriedade incomum digna de destaque? É claro que sim. Interessante… então vejamos.

O que as abelhas estão tentando fazer? Estão tentando construir compartimentos para armazenamento, com eficiência (ou seja, com o mínimo de desperdício.) Então vamos considerar o seguinte:

Se alguém recebe uma área para particionar em compartimentos (iguais) de armazenamento (digamos, para mel), qual seria a melhor forma de proceder? Por motivos de alta produtividade, treinamento e manutenção, poderia ser preferível reutilizar o mesmo formato de célula e simplesmente reproduzi-lo por toda a estrutura. No final das contas, as abelhas são bastante eficientes.

Mas qual seria o formato ideal? Bem, o formato básico seriam triângulos, quadrados ou círculos. Ok, que tal um círculo? Vocês já tentaram encher uma caixa com bolas? Fica muito espaço vazio entre as bolas. Seria necessário utilizar muita “cola” para estabilizar as bolas juntas e com firmeza (se não houver uma caixa). Além disto, haveria muito espaço de armazenamento inutilizado (o espaço preenchido com cola). Então, talvez o círculo não seja uma ideia tão boa.

Triângulos, quadrados e hexágonos parecem permitir a união de espaços bem próximos, sem lacunas inúteis e dispendiosas. Entretanto, qual dessas formas seria melhor? Poderíamos citar o “hexágono” por mera conjectura. Em 1999, a “conjectura da colmeia”29 (em notação matemática bastante sofisticada) foi comprovada matematicamente por Thomas C. Hales e o assunto foi deixado de lado. O hexágono vence! A colmeia é, na verdade, um exemplo de engenharia eficiente. Tanto que a estrutura alveolar é considerada uma maravilha arquitetônica para fins de organização.

29 Conjuntura da Colmeia: A melhor forma de dividir um espaço em compartimentos iguais minimizando o perímetro total é uma grade hexagonal (padrão alveolar ou em colmeia). Marcus Varro (36 AC) foi provavelmente a primeira pessoa a registrar essa conjectura.

Comentário (segunda parte):

“E a encontrarem, com habilidade, os amplos caminhos de seu Senhor”

Há alguma coisa de interessante na forma como as abelhas encontram os “amplos caminhos”? Sim, é a chamada “dança das abelhas”. É uma forma sofisticada de informar por alto a direção, a distância e a qualidade da fonte de alimento que as abelhas descobrem. Por exemplo, os seguintes parâmetros da dança estão relacionados à fonte de alimento: 1) o ângulo do corpo ao dançar fica alinhado à direção a ser seguida; 2) a duração da dança tem a ver com a distância; e 3) o número de abelhas e seu entusiasmo por um destino em particular podem indicar a qualidade do alimento.

As abelhas que assistem à dança das colegas podem optar por utilizar as informações que recebem em sua busca por alimentos.

Essa transmissão de informações foi decodificada e descrita pela primeira vez pelo vencedor do prêmio Nobel Karl von Frischm em 1927.

Abelhas – gênero

Contexto: Em que pensa a maioria das pessoas quando o assunto são as abelhas? As primeiras duas palavras que vêm à mente são “mel” e “picadas”. Devido à associação histórica entre homens e guerras, a maioria das pessoas provavelmente presumem que as abelhas que estão em busca de mel (e que podem picar) são machos.

Ciência Moderna:

Tipicamente as abelhas que participam da coleta de pólen/néctar, dos cuidados com outras abelhas e da construção das colmeias são fêmeas. Também é a fêmea que tem o ferrão. As abelhas macho são chamadas zangões. Sua função primária é a reprodução. A maioria das abelhas que você vê são fêmeas.

Comentário:

Os termos em árabe utilizados aqui (kuli, fa’asleky) sugerem fêmeas de abelhas no versículo. A forma feminina to termo “seus corpos” é utilizada, o que indica, por exemplo, que as fêmeas fazem o mel.30 Interessante. Isto vai contra a intuição das pessoas daquela época e daquela região. Mas está surpreendentemente correto.

30 Ver nota de rodapé sobre Emerick.

Atmosfera

Contexto: Este próximo versículo pode ser difícil de interpretar, considerando o nível de educação das pessoas nos dias de hoje. (A maioria das pessoas já viu um uniforme de astronauta, por exemplo.) Entretanto, ele pode ser melhor interpretado se tentarmos nos transportar para a época em que a “ciência” era consideravelmente mais primitiva, e algumas ideias seriam absurdas.

“Ele comprime seu peito até que esteja tão constrito que a pessoa sente que está subindo aos céus” Alcorão 6:125.

Comentário:

A maioria das pessoas sabe da importância do oxigênio no espaço, mas este conhecimento é relativamente recente. Você sabia, por exemplo, que o oxigênio só recebeu um nome recentemente? Antoine Lavoisier deu nome ao elemento em 1777 (AD). Talvez algumas pessoas na antiguidade acreditassem que subir aos céus fosse uma experiência maravilhosa, que as daria se sentirem ótimas e saudáveis? Desta forma, a seleção de palavras não é muito óbvia.

Seção Extra (Curiosidades interessantes):

Biologia

Gênero

Fundamentação: Quantas mulheres já foram “culpadas” no decorrer da história por não poderem gerar um herdeiro do sexo masculino? Quantos homens já utilizaram esse argumento como desculpa para se divorciar ou até para abandonarem suas esposas? Contudo, a verdade é bem outra – talvez, se houver de fato qualquer “culpa” a se atribuir, esta recairia sobre os homens.

Versículo do Alcorão:

E que foi Ele quem criou dois gêneros–o masculino e o feminino–de uma gota de esperma ejaculado,

Alcorão 53:45-46

O posicionamento próximo das palavras é um pouco incomum nesse contexto, possivelmente sugerindo que o esperma (ou seja, o homem) poderia desempenhar um papel na determinação do sexo de seus descendentes.

Ciência Moderna:

Com o descobrimento do cromossoma Y, agora sabemos que é o esperma do pai que geralmente determina o sexo da criança. O sistema global foi definido em 1905 AD por Nettie Stevens e Edmund Wilson, independentemente um do outro.

Paleontologia

Eles dizem: “O que! Quando nos reduzimos a ossos e pó, realmente nos elevamos a (sermos) uma nova criação”?

Dizem: “[você se elevará dos mortos ainda assim] vocês serão rochas ou ferro

ou qualquer [outra] substância que, em sua mente, pareça ter sido retirada [da vida]!” 58 E [se] em seguida eles perguntarem: “Quem é que nos traz de volta [à vida]?”– vocês dizem: “Ele que trouxe todos à vida em primeira instância”. Alcorão 17:49-51

Rocha ou ferro. Não são as primeiras palavras associadas à morte? Talvez sejam um tanto confusas… A menos que se regiram a fósseis. Esta seria uma interpretação possível.

A ideia é que isto pode sugerir um cenário ainda mais improvável de restauração dos mortos de volta à vida, até mesmo de simples ossos. Mas seres vivos podem se transformar em ferro e rocha?

Os fósseis, em geral, não se formam senão sob determinado conjunto de condições. Mas organismos mortos podem ser substituídos por fósseis rochosos (p. ex. de calcita ou sílica) ou fósseis ferrosos (p. ex. piritização). Interessante.

Conclusões

Embora uma ou duas óticas possam ser meras coincidências ou talvez inconclusivas/equivocadas, há cada vez mais indícios de uma origem divina. Realmente parece bastante incomum que haja tanta ressonância entre interpretações possíveis e a ciência. A sábia substituição de palavras também não teria sido percebida naquela época – nem foi indicada pelo profeta (ou melhor, ele não se beneficiou dessas observações– visto que boa parte das informações não era conhecida ou compreendida até bem mais tarde).

Pesquisar a vida do profeta e a época e a região em que ele viveu também deixaria claro como era improvável que um homem iletrado em tempo e local tão remotos pudesse ter concebido uma seleção de palavras tão sábia. Por exemplo, ele tinha vários inimigos e os muçulmanos da antiguidade foram fortemente perseguidos (alguns pesadamente torturados). Diversas pessoas próximas a Muhammad se opuseram a ele e buscaram incessantemente meios de desacreditá-lo. O profeta viveu sob uma lente implacável e qualquer fonte externa (“científica”) de informações (se é que existiam) teria sido descoberta imediatamente, amplamente divulgada e o teria arruinado rapidamente. Além disso, antes mesmo que se tornasse um profeta, ele era amplamente conhecido por sua honestidade – tanto que um de seus cognomes era “as-Sadiq” (o verdadeiro) e outro foi “al-Amin” (o honesto). 31

31 Duas formas possíveis de se aprender mais sobre a vida do Profeta Muhammad são 1) o filme de Moustapha Akkad’s “The Message” (A Mensagem); 2) a biografia do profeta por Martin Ling.

Finalmente, deve-se observar que não se trata tão somente de uma questão de seleção cautelosa de palavras. O Alcorão também é recitado de forma sublime em árabe e mantém cadência e ritmo notáveis. Então, não se trata apenas de selecionar palavras conforme seu significado lógico, mas a palavra também deve seguir a beleza do árabe (o que torna a tarefa ainda mais memorável).

Por exemplo, tente redigir algumas declarações lógicas e profundas. Tente então reescrevê-las embutindo ritmo e um estilo poético. Isto é muito mais difícil de se conseguir repetidamente.

Observação: Embora este capítulo seja um exercício interessante (visto que a ciência permeia inteiramente nossa vida atualmente), ao tentarmos interpretar os versículos do Alcorão inteiramente à luz da ciência moderna, ele não representa a alma do sistema de crenças dos muçulmanos. Embora os muçulmanos reconheçam que o Alcorão possa conter conceitos científicos e outros milagres, esta não é a fonte primária da convicção dos muçulmanos. Devido à natureza da pesquisa científica, as teorias científicas podem sofrer e de fato sofrem alternância entre paradigmas que oscilam com o tempo. Modelos importantes são descartados, teorias são refinadas, novas ideias surgem. Portanto, mesmo este capítulo deve ser reescrito periodicamente, mesmo que o conjunto de metodologias permaneça intacto. Oportunamente, os muçulmanos esperam contar com dados aprimorados, compreensão científica e interpretações do Alcorão mais aprofundadas para se alinharem.

(Este é um trecho do livro "É fácil compreender o Islã")

Clique abaixo para ler o capítulo da amostra do livro

Começo

Seção I: Os fundamentos

O que o islamismo não é

O que é o Islamismo?

Seção II: Artigos gerais

Por que existem o mal e o sofrimento?

O Alcorão, a Ciência Moderna e Mais

Por que crer em Deus – A voz de um muçulmano

Islamismo e racismo

Islamismo: Uma solução para os problemas sociais da América?

Deus e os muçulmanos

Algumas virtudes dos muçulmanos (Alcorão)

Algumas virtudes muçulmanas (Palavras do Profeta)

Seção III: Islamismo e cristianismo

Semelhanças

Fundamentos em comum: judaísmo, cristianismo e islamismo

Diferenças

Muhammad na Bíblia

Trindade

Jesus: Homem e Deus?

Expiação vicária pelo “Sangue do cordeiro”

A Bíblia e a ciência moderna

A Bíblia e a Palavra de Deus

Alcorão preservado?

Seção IV: Outros temas

O islamismo e o meio ambiente

O Islamismo e os tóxicos

Paraíso e inferno

Perdão

Seção V

Site na internet